Pela quinta vez consecutiva na Série B, o Vasco não conseguiu mais do que um simples empate em 0 a 0, em casa. Dessa vez a sina vascaína permaneceu contra o Bragantino e, apesar de extremamente ofensivo na segunda etapa – com Coutinho, Kardec, Alex Teixeira, Carlos Alberto e Robinho na frente -, os cruzmaltinos não conseguiram furar a muralha Gilvan. Com o resultado, o time da Colina chegou aos 15 pontos e volta ao G4 – pelo menos até o término da rodada. Já o Braga pula para a décima primeira posição, com 12 pontos.
O Jogo
Mal entrou em campo e a equipe vascaína teve uma baixa. Ramon, com uma torção no ombro direito, foi substituído por Rafael Morisco e, assim, desfalcou o principal setor de criação do Vasco.
Ainda abalado pela perda, o Cruzmaltino viu o artilheiro Bill invadir a área de Fernando Prass e perder um gol incrível, mandando a bola pela linha de fundo.
Perdidos em campo, Léo Lima, Paulo Sérgio e Nilton eram fortemente hostilizados pela torcida vascaína. Pouco acionado na eta inicial, o ataque do Vasco levantou a arquibancada pela primeira vez somente aos 22 minutos de jogo, quando Carlos Alberto, após bela jogada individual, cruzou para o contestado Nilton acertar um ótimo chute e obrigar Gilvan a operar um milagre em São Januário. Sempre na base dos lampejos de seu capitão, o time da Colina pouco criava e foi para o vestiário vaiado pelos seus torcedores.
Na volta para a etapa final, o técnico Dorival Junior resolveu mexer. O treinador cruzmaltino mandou à campo Alan Kardec no lugar de Nilton. Mais ofensivo, o Vasco teve ótima chance de abrir a contagem com Carlos Alberto, logo aos 2 minutos. Com a bola limpa dentro da área, o camisa 19 do Vasco pegou de primeira e jogou longe do gol.
Aos 4 da etapa complementar, porém, um lance polêmico à favor do Bragantino. Bill – sempre ele – invadiu a área e deixou Titi no chão. Ao cair, o zagueiro “carregou “a bola com o braço direito. Pênalti, que Carlos Eugênio Simon não marcou, levando à loucura o técnico Marcelo Veiga.
A partir daí, só deu Vasco. Com Coutinho no lugar do contestado Léo Lima, os donos da casa tomaram o controle da partida e só não golearam o adversário graças a atuação brilhante do goleiro Gilvan. Rafael Morisco, aos 20 e Alex Teixeira, aos 21, tentaram. Robinho, aos 24, chtou para uma defesa segura da muralha visitante. No minuto seguinte, Alex Teixeira, de novo, obrigou Gilvan a executar nova defesa.
Desesperado, o Vasco ia todo ao ataque. Paulo Sérgio, aos 39, cruzou na cabeça de Alan Kardec. O grandalhão subiu mais que a zaga e cabeceou com consciência para o gol. Mas, lá estava ele: Gilvan, além de desviar a cabeçada, contou com a sorte, pois a bola ainda tocou caprichosamente em sua trave esquerda.
Com espaço para contra atacar, o Braga quase matou o jogo com o Léo Jaime que, aos 42, chutou para o gol vazio. Na ha “H”, porém, Amaral salvou a pátria cruzmaltina em cima da linha. Era o fim de um duelo dramático e marcado pelos protestos da massa vascaína.
VASCO 0 X 0 BRAGANTINO
Vasco: Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Titi e Ramon (Rafael Morisco); Amaral, Nilton (Alan Kardec), Léo Lima (Philippe Coutinho) e Alex Teixeira; Carlos Alberto e Robinho. Técnico: Dorival Jr.
Bragantino: Gilvan, Kadu, Carlinhos e Marcelo Godri; Tiago Almeida (Sandro Costa), Jair, Juninho (Paulinho), Rodrigo Costa e Diego Macedo; Léo Jaime e Bill. Técnico: Marcelo Veiga.
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 30/06/2009
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS) Auxiliares: Katiuscia Mayer Mendonça (Fifa/ES) e José Javel Silveira (RS).
Cartões amarelos: Amaral, Paulo Sérgio e Alan Kardec, (Vasco); Kadu, Marcelo Godri, Juninho e Diego Macedo (Bragantino)
Cartão vermelho: Amaral (Vasco)